Quatro convidados encontram o jornalista Mauro Dahmer para elaborar hipóteses sobre o amor no mundo líquido contemporâneo.
EDITORIAL
No terceiro SUP – Serviço de Utilidade Pública – Mauro Dahmer recebe convidados para discutir o amor em uma sociedade cada vez mais ‘líquida’, conceito cunhado pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman para as recentes transformações que impactaram a vida humana no último século.
Que mundo é esse em que acordamos todos os dias para desaguar numa fluidez sem fim, alterando as formas como entendemos nossos relacionamentos, em um universo cada vez mais mediado por tecnologias? Como a revolução digital, a internet e a transitoriedade permanente das tecnologias transformaram os sentidos e o próprio conceito do amor?
Traremos conceitos de sociólogos que ajudam a entender o mundo contemporâneo, como o próprio Zygmunt Bauman, Marshall Berman e Guy Debord, que nos ajudarão a elaborar hipóteses para entendermos se ainda há amor no mundo pós-moderno.
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ANDRÉ PERFEITO
O primeiro convidado foi André Perfeito. No seu bate papo com o jornalista Mauro Dahmer, o economista falou sobre o encontro entre amor e capitalismo. Como a economia se encontra com as relações afetivas?
“O capitalismo não precisa mais da família tradicional. Outras formas de amor, ou de viver, também se tornam rentáveis. A liberdade é dada, mas também é cooptado pela sociedade do consumo.”
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MARÍLIA MOSCHKOVICH
A segunda convidada foi Marília Moschkovich. Em seu bate papo com o jornalista Mauro Dahmer, a socióloga falou sobre o amor e a luta da mulher pela igualdade de gêneros e como intelectuais, ao longo do século, trouxeram novos conceitos para a questão.
“As pensadoras feministas fazem a crítica entre a maneira que vivemos o amor e a desigualdade entre o homem e a mulher pois, entre os gêneros, há a possibilidade de um exercer poder sobre o outro.”
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GIULIANO SAADE
O terceiro convidado foi Giuliano Saade. O diretor falou sobre o mundo pós-moderno e a ONDA#17, em que discutiu-se os conceitos de Bauman através de expressões artísticas.
“Minha filha tem três anos e eu não consigo prever qual emprego ela vai ter, que relações ela vai estabelecer, se é que já foram inventados. Antes a vida era muito mais previsível, planejada.”
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NINA LEMOS
A quarta convidada foi Nina Lemos. A jornalista falou sobre o amor nos tempos de liquidez e a sua percepção do mundo pós moderno a partir de sua vivência na Alemanha, uma realidade distante da brasileira.
“Eu me casei através de um aplicativo de encontro. Acredito que no Brasil haja muito preconceito, enquanto na Europa é mais normal. Usei um aplicativo que se chama OK Cupid, em que você preenche um formulário com as suas preferências e encontra pessoas que têm gostos em comum com você.”
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